A fisioterapia é essencial na transição do hospital para casa, ajudando na recuperação da força, mobilidade e qualidade de vida.
Internação hospitalar prolongada
Quando uma pessoa fica internada no hospital por muito tempo, seu corpo pode sofrer várias mudanças. Ficar deitado na cama por dias ou semanas pode enfraquecer os músculos e deixar as articulações rígidas. Além disso, a pessoa pode se sentir cansada e ter dificuldade para realizar atividades simples do dia a dia. Por isso, é fundamental cuidar da recuperação após sair do hospital para que a qualidade de vida seja retomada.
Os Efeitos da Internação Prolongada no Organismo
Quando uma pessoa permanece internada no hospital por um longo período, seu corpo pode sofrer diversas alterações. A falta de movimento e a permanência prolongada no leito podem levar a problemas físicos e emocionais significativos.
Perda de Massa Muscular
A inatividade durante a internação pode causar atrofia muscular, que é a diminuição do tamanho e da força dos músculos. Além disso, especialmente em idosos, pode ocorrer sarcopenia, que é a perda natural de massa muscular com o envelhecimento, agravada pela falta de atividade física. Como resultado, atividades simples, como levantar da cama ou caminhar, tornam-se desafiadoras.
Fraqueza Generalizada e Fadiga Extrema
A ausência de movimento regular pode levar a uma sensação de fraqueza em todo o corpo. Essa fraqueza generalizada faz com que a pessoa se sinta constantemente cansada, mesmo após pequenos esforços. Por exemplo, tarefas cotidianas, como escovar os dentes ou comer, podem parecer exaustivas.
Complicações Respiratórias
Ficar deitado por longos períodos pode afetar a função pulmonar. A falta de movimentação impede a expansão completa dos pulmões, facilitando o acúmulo de secreções. Isso aumenta o risco de infecções, como a pneumonia por desuso, que ocorre devido à inatividade e à respiração superficial.
Risco de Trombose e Problemas Circulatórios
A imobilidade prolongada pode prejudicar a circulação sanguínea. Quando o sangue não circula adequadamente, há um risco aumentado de formação de coágulos, conhecidos como trombose. Esses coágulos podem bloquear vasos sanguíneos, causando complicações sérias, como embolia pulmonar.
Déficits Motores e de Equilíbrio
A falta de atividade física pode afetar a coordenação motora e o equilíbrio. Sem exercícios regulares, os músculos responsáveis pela estabilidade corporal enfraquecem. Isso aumenta o risco de quedas e dificulta a realização de movimentos precisos, como segurar objetos ou caminhar em linha reta.
Impactos Psicológicos
Além dos efeitos físicos, a internação prolongada pode afetar a saúde mental. É comum que pacientes desenvolvam sentimentos de depressão e ansiedade devido ao isolamento e à inatividade. Além disso, o medo de se movimentar e sofrer uma queda pode levar à redução ainda maior da atividade física, criando um ciclo vicioso que prejudica a recuperação.
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O Papel da Fisioterapia no Pós-Internação
Após uma internação prolongada, o corpo pode apresentar diversas limitações. A fisioterapia desempenha um papel crucial na recuperação desses pacientes, auxiliando na retomada das funções motoras e na melhoria da qualidade de vida.
Reabilitação Motora e Recuperação da Força Muscular
Durante o período de internação, especialmente em unidades de terapia intensiva (UTI), é comum ocorrer perda de massa muscular devido à imobilidade. A fisioterapia utiliza exercícios específicos para fortalecer os músculos enfraquecidos, ajudando o paciente a recuperar a força necessária para realizar atividades cotidianas, como caminhar e levantar objetos.
Treino de Equilíbrio e Coordenação para Evitar Quedas
A falta de movimento pode afetar o equilíbrio e a coordenação motora, aumentando o risco de quedas após a alta hospitalar. Os fisioterapeutas trabalham com exercícios que melhoram a estabilidade e a coordenação, proporcionando mais segurança ao paciente em suas atividades diárias.
Exercícios Respiratórios para Melhorar a Função Pulmonar
Pacientes que passaram longos períodos acamados ou em ventilação mecânica podem apresentar redução da capacidade pulmonar. A fisioterapia respiratória inclui técnicas e exercícios que ajudam a expandir os pulmões, melhorar a oxigenação e prevenir complicações como pneumonias.
Técnicas para Alívio da Dor e Melhora da Mobilidade
Após procedimentos cirúrgicos ou devido à imobilidade, a dor e a rigidez articular podem limitar os movimentos. A fisioterapia utiliza métodos como alongamentos, massagens terapêuticas e mobilizações articulares para aliviar a dor e aumentar a amplitude de movimento, facilitando a retomada das atividades normais.
Estímulo à Independência Funcional nas Atividades Diárias
Um dos principais objetivos da fisioterapia pós-internação é promover a autonomia do paciente. Isso inclui treinar habilidades necessárias para realizar tarefas diárias, como vestir-se, alimentar-se e higiene pessoal, reduzindo a dependência de terceiros e melhorando a autoestima e a qualidade de vida.
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Leia também: A Importância da Fisioterapia no Pré e Pós-Operatório
Protocolos e Abordagens da Fisioterapia Pós-Internação
Após uma internação hospitalar prolongada, especialmente em unidades de terapia intensiva (UTI), o corpo pode apresentar diversas limitações. A fisioterapia desempenha um papel crucial na recuperação desses pacientes, utilizando protocolos específicos para restaurar a funcionalidade e a qualidade de vida.

Avaliação Inicial e Estabelecimento de Metas
O primeiro passo na reabilitação é uma avaliação detalhada do paciente. O fisioterapeuta analisa a força muscular, a capacidade respiratória, o equilíbrio e a mobilidade. Com base nesses dados, são definidas metas claras e realistas para a recuperação. Por exemplo, se o paciente apresenta dificuldade para caminhar, uma meta pode ser andar certa distância sem auxílio em algumas semanas.
Exercícios Terapêuticos Progressivos
A reabilitação envolve exercícios que aumentam gradualmente em intensidade. Inicialmente, podem ser realizados movimentos passivos, onde o fisioterapeuta auxilia nos movimentos das articulações. Com o tempo, o paciente passa a realizar exercícios ativos, fortalecendo os músculos e melhorando a coordenação. Essa progressão cuidadosa evita lesões e respeita os limites individuais.
Técnicas de Mobilização Precoce
Mesmo durante a internação, especialmente em UTIs, a mobilização precoce é incentivada. Movimentar-se o mais cedo possível ajuda a prevenir complicações como fraqueza muscular e problemas respiratórios. Atividades simples, como sentar à beira do leito ou realizar movimentos com os braços e pernas, podem fazer uma grande diferença na recuperação.
Fisioterapia Respiratória para Pacientes que foram Intubados
Pacientes que passaram por intubação podem apresentar redução na capacidade pulmonar. A fisioterapia respiratória utiliza técnicas específicas para melhorar a função dos pulmões. Exercícios de respiração profunda, tosse assistida e uso de dispositivos que incentivam a inspiração são algumas das abordagens utilizadas para prevenir infecções e melhorar a oxigenação.
Uso de Tecnologias e Equipamentos Auxiliares
Para facilitar a reabilitação, diversos equipamentos podem ser empregados:
- Órteses: Dispositivos que oferecem suporte e estabilização para articulações ou músculos enfraquecidos, auxiliando na realização de movimentos seguros.
- Andadores e Bengalas: Ferramentas que proporcionam apoio durante a caminhada, oferecendo segurança e confiança ao paciente.
- Eletroestimulação: Técnica que utiliza correntes elétricas de baixa intensidade para estimular a contração muscular, especialmente útil em casos de fraqueza significativa.
Esses recursos são selecionados conforme as necessidades específicas de cada paciente, sempre visando promover a independência e a segurança durante as atividades diárias.
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Diferenças no Tratamento para Diferentes Perfis de Pacientes
A fisioterapia pós-internação precisa ser adaptada de acordo com o perfil do paciente. Cada pessoa tem necessidades específicas e exige uma abordagem personalizada para garantir uma recuperação eficiente. Idosos, pacientes pós-COVID-19, pessoas que passaram por cirurgias complexas e aqueles que ficaram internados na UTI demandam cuidados diferenciados.
Pacientes Idosos e a Reabilitação Personalizada
Os idosos geralmente apresentam menor força muscular, equilíbrio reduzido e maior risco de quedas. A fisioterapia para esse grupo foca em:
- Fortalecimento muscular: Exercícios leves, como caminhadas assistidas e uso de faixas elásticas, ajudam a recuperar a força.
- Treino de equilíbrio: Movimentos específicos, como ficar em pé sobre um pé e caminhar em linha reta, ajudam a evitar quedas.
- Melhora da mobilidade: Alongamentos e técnicas para reduzir a rigidez das articulações facilitam a locomoção.
A independência funcional é o principal objetivo. Sempre que possível, o idoso é incentivado a realizar atividades do dia a dia sem ajuda.
Pacientes Pós-COVID-19 e Outras Doenças Respiratórias
Pacientes que tiveram COVID-19 grave ou outras doenças respiratórias podem apresentar fadiga, fraqueza muscular e dificuldades para respirar. O tratamento inclui:
- Exercícios respiratórios: Uso de incentivadores respiratórios e técnicas de respiração profunda melhoram a função pulmonar.
- Treino de resistência: Caminhadas leves e exercícios progressivos ajudam a recuperar a capacidade aeróbica.
- Técnicas para controle da fadiga: Intervalos frequentes entre as atividades e respiração ritmada evitam sobrecarga.
A reabilitação deve ser gradual para evitar desconforto respiratório e piora da condição do paciente.
Pacientes que Passaram por Cirurgias Complexas
Cirurgias como as ortopédicas, cardíacas e abdominais podem limitar os movimentos e causar dor. O fisioterapeuta adota estratégias para reduzir essas dificuldades, como:
- Técnicas de mobilização precoce: Ajuda o paciente a se movimentar o mais rápido possível para evitar complicações.
- Controle da dor: Massagens terapêuticas, calor local e exercícios específicos ajudam a aliviar o desconforto.
- Reabilitação progressiva: Movimentos leves no início, aumentando a intensidade conforme a recuperação avança.
Cada cirurgia exige um protocolo específico, respeitando as limitações do paciente e garantindo segurança na recuperação.
Pacientes que Ficaram em UTI e a Necessidade de uma Abordagem Mais Intensiva
Pessoas que passaram longos períodos na UTI podem desenvolver fraqueza muscular severa, dificuldades respiratórias e perda de autonomia. A fisioterapia para esses casos é mais intensiva e inclui:
- Estimulação muscular precoce: Movimentos passivos, eletroestimulação e mobilização no leito ajudam a evitar a perda muscular.
- Exercícios respiratórios avançados: Técnicas como PEEP (pressão expiratória positiva) e reexpansão pulmonar melhoram a função dos pulmões.
- Treino para retomada das atividades diárias: Ensinar novamente como sentar, levantar e andar é essencial para recuperar a independência.
A recuperação desses pacientes pode levar mais tempo, exigindo acompanhamento contínuo e uma abordagem multidisciplinar.
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Considerações finais
A fisioterapia pós-internação hospitalar desempenha um papel essencial na recuperação dos pacientes, reduzindo o tempo total de reabilitação e prevenindo complicações futuras. Com um tratamento adequado, o risco de reinternações diminui, proporcionando mais segurança e qualidade de vida. Além disso, a restauração da autonomia permite que o paciente retome suas atividades diárias com mais confiança.
O envolvimento da família no processo de recuperação é fundamental para garantir apoio emocional e motivação. A presença de familiares auxilia na adesão ao tratamento, tornando a reabilitação mais eficaz. Com um acompanhamento fisioterapêutico adequado e um ambiente de suporte, o paciente tem mais chances de recuperar sua independência e viver de forma ativa e saudável.
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